Quando o Fundo do Poço se Torna um Novo Começo
Perder tudo no jogo é mais comum do que se pensa. Em Portugal, são muitos os casos de pessoas que, por impulso ou vício, viram as suas finanças, relacionamentos e estabilidade emocional ruírem. No entanto, tão reais quanto as quedas são também os caminhos de volta — percorridos com coragem, apoio e consciência. Este artigo mergulha em histórias reais de recuperação e revela como é possível reconstruir-se depois de um colapso provocado pelo jogo.
Alguns ex-jogadores relatam que o ponto de viragem só chegou quando tudo parecia perdido: dívidas acumuladas, contas encerradas, vida social em ruínas. Foi o caso do Miguel, de Setúbal, que após perder o salário inteiro em apostas online decidiu procurar ajuda. Hoje, ele vive uma vida equilibrada e aposta apenas em momentos controlados de lazer, recorrendo a plataformas licenciadas como a Luckia, que oferece ferramentas de autoexclusão e controlo de tempo de jogo.
Reconhecer o Problema: O Primeiro Passo Para Mudar
Antes de qualquer recuperação virá sempre a aceitação. É comum que o jogador compulsivo negue o problema durante anos, justificando perdas com má sorte ou com promessas de “recuperar tudo” numa próxima jogada. No entanto, os testemunhos mais consistentes de superação revelam um padrão: o momento da verdade vem acompanhado de lucidez dolorosa.
Helena, de Braga, só procurou ajuda quando perdeu o carro da família para pagar dívidas de jogo. “Aquilo doeu mais do que qualquer perda monetária. Foi quando percebi que não tinha o controlo que pensava ter”, conta. A partir daí, iniciou acompanhamento psicológico, bloqueou o acesso a sites de apostas e criou novos hábitos de rotina.
Ferramentas Reais para Quem Quer Recuperar
Superar perdas no jogo não é apenas uma questão de força de vontade. É necessário estrutura e suporte adequado. Entre os principais mecanismos utilizados por quem conseguiu dar a volta por cima, destacam-se:
- Psicoterapia especializada: muitos optaram por profissionais com experiência em comportamentos aditivos.
- Grupos de apoio: como os Jogadores Anónimos, que oferecem espaço seguro para partilha.
- Bloqueadores de sites: ferramentas que impedem o acesso a sites de apostas durante períodos críticos.
- Controle financeiro por terceiros: alguns colocaram familiares a gerir as finanças até recuperar estabilidade.
- Escolha de plataformas responsáveis: optaram por casinos licenciados com limites definidos, como a Luckia.
Viver Depois do Jogo: Recomeçar Com Propósito
Recuperar-se de uma queda grave no jogo implica mais do que parar de apostar — envolve construir uma nova forma de se relacionar com o dinheiro, com o tempo livre e com as emoções. Muitos dos entrevistados encontraram novos propósitos: cursos, voluntariado, arte, desporto. O jogo deixou de ser o centro da rotina e passou a ser substituído por práticas que trazem equilíbrio e significado.
Como diz Ricardo, ex-apostador de Faro: “O jogo tapava um vazio. Hoje preencho esse vazio com coisas reais. E quando olho para trás, vejo que perder tudo foi o que me obrigou a mudar.”
Conclusão: Perder Não É o Fim — Pode Ser um Recomeço
Embora a dor da perda possa ser imensa, há um caminho possível de recuperação. Com suporte adequado, reconhecimento do problema e mudanças reais de hábitos, muitos portugueses têm conseguido transformar as suas histórias. Se você ou alguém próximo sente que está a perder o controlo, saiba que há recursos disponíveis — e que pedir ajuda não é fraqueza, mas força. O primeiro passo pode ser hoje.

